A verdadeira história por trás do filme: A Troca

Um filme incrível baseado em fatos reais sobre uma mãe que luta incessantemente para
ter seu filho de volta.  A Troca, escrito por Joseph Michael Straczynski e dirigido por Clint Eastwood.

Filme a Troca


A verdadeira história poderia nunca ter sido exibida para o mundo, já que sua
documentação iria ser queimada pela Prefeitura de Los Angeles. Desta forma, você já
pode perceber o quão estranho foi o desenrolar desta narrativa da vida real.



Tudo começou no dia 10 de março de 1928, quando o menino de 9 anos Walter Collins
desaparece da própria casa sem deixar pistas. Ele é filho da mãe solteira, forte e
determinada Christine Collins, que deu queixa de seu sumiço à polícia de Los Angeles,
onde moravam.

Sem muito esforço, o caso chegou à mídia local, o que fez a polícia se sentir

pressionada e agir de forma inescrupulosa com Christine. Para colocar o
desaparecimento em “panos quentes” mediante aos veículos de comunicação, os agentes
arquitetaram a volta de um menino para os braços daquela mãe desesperada. Mas ao
contrário do que você pode imaginar, não era Walter que foi entregue a ela.

Por mais louco que possa parecer, a polícia de Los Angeles simplesmente colocou um

outro garoto no lugar de Collins – era visivelmente diferente, e claro, toda mãe não tem
dúvidas quanto às características de seus filhos. Frente à reação de louvor vinda da
mídia, Christine não conseguiu ter voz para dizer que aquele não era seu filho e que
acreditava que o verdadeiro Walter estava em perigo.

Mas a moça não desistiu e buscou argumentos sólidos para insistir com as autoridades

locais. Contudo, o lado mais forte, assim como em qualquer lugar, é daqueles que têm o
poder, e a polícia conseguiu mascarar a verdade internando Christine em um hospital
psiquiátrico. Para isso eles utilizaram um termo que não pedia julgamento prévio.
Nos dez dias que ela ficou reclusa, Arthur Hutchins Jr., o menino que fingiu ser Walter
confessou sua verdadeira identidade. Assim o caso voltou à ativa.




Paradeiro de Walter Collins


Passaram-se dois anos de busca e Christine Collins conseguiu o apoio de alguns
investigadores, que ligaram o desaparecimento de Walter com um cenário de crimes no
condado de Riverside, em Wineville. Soube-se que ocorreram em um galinheiro de uma
fazenda, entre 1928 e 1930, diversos abusos e assassinatos de garotos na faixa dos 10
anos de idade.

Quem revelou esses fatos foi Stanford Wesley Clark, que acusou seu tio, Gordon

Stewart Northcott de abuso sexual, tortura e assassinato de três garotos que levou para
lá e um dos mortos era Walter Collins. No local foram encontrados cabelos e dedos das
vítimas, mas sem os recursos tecnológicos atuais como o exame de DNA as identidades
das crianças assassinadas não foram descobertas.

O psicopata autor dos crimes foi pego em fuga no Canadá. Foi julgado e condenado à

forca, mas antes de ser executado, Northcott assumiu ter assassinado as crianças,
incluindo Walter, mas voltou atrás, sem ninguém saber se era verdade ou não.

Anos depois, um dos garotos que estava desaparecido e que Gordon assumiu ter matado

foi encontrado vivo. Isso encheu Christine Collins de esperanças e nunca parou de
procurar e esperar por seu filho Walter.

Estrelado brilhantemente por Angelina Jolie, o filme trouxe à tona reflexões de como a

mídia e as autoridades de qualquer local podem modificar para o bem ou para o mal a
história das pessoas. Pois, se a polícia tivesse dado ouvidos àquela mãe, talvez desse
tempo de salvar a vida de Walter.

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