A Verdadeira História por trás do filme: Sempre ao seu Lado

Richard Gere protagonizou há alguns anos um filme (remake) que conta a história de um professor e seu cão, que emocionou pessoas de todo o mundo. Ambos tinham uma afeição fora do comum, confirmando que o cão pode realmente ser o melhor amigo do homem.

Imagem Divulgação: Site Imagem Filmes
O filme recebeu o título em português de Sempre ao seu Lado (2009). Parker, interpretado por Gere, é um professor universitário que encontra um cachorro perdido na estação de trem que passava diariamente para ir a universidade onde trabalhava. Cativado pelo cão, Parker o leva para casa, na intenção de encontrar alguém que o adote. Contudo, ele se apega cada vez mais ao cachorro, cujo nome é Hachi (8, em japonês). Sempre ao seu lado história real, confira abaixo e prepare o lencinho.  Veja o Trailer Oficial Legendado.


Hachi o segue todos os dias até a estação de trem e o espera no fim da tarde, quando retorna. Um dia, contudo, isso não acontece: o professor tem um ataque cardíaco fulminante em sala de aula, levando-o à morte, e jamais retorna à estação de trem. Hachi passa a esperá-lo todos os dias no mesmo horário na estação  por anos, até morrer. O que é mais comovente nesta história de amor incondicional é que ela é real.

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A verdadeira história japonesa


Hachi na verdade se chamava Hachiko e nasceu na província de Akita – que também dá origem ao nome de sua raça - no Japão, em novembro de 1923. Em 1924, Hachiko foi adotado pelo Dr. Eisaburo Ueno, professor do Departamento Agrícola da Universidade de Tóquio. Os cães da raça Akita são especiais, conforme as tradições japonesas: Eles são fiéis ao extremo e geralmente “escolhem” o dono.

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Dr. Eisaburo passou a amá-lo de imediato. Como morava em Shibuya, no subúrbio de Tóquio, perto da estação de trem, Hachiko o acompanhava todas as manhãs até a estação, retornando sempre às 15 horas, todos os dias, para recepcioná-lo.

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Porém, em 21 de maio de 1925, o professor Ueno sofreu um AVC durante uma reunião na faculdade e veio a falecer. Hachiko passou a esperá-lo na estação todos os dias, sem ceder. A viúva do professor doou Hachiko a parentes de outra região de Tóquio, mas o cão fugiu e retornou à estação de Shibuya e à sua antiga casa. Todos os dias, esperava o seu falecido dono no mesmo horário e no mesmo local. Como não o encontrava entre os passageiros, passava horas aguardando, só indo embora quando tinha muita fome. Com o tempo, os passageiros e funcionários da estação passaram a levar petiscos e comida, assim que sabiam da história de Hashiko.

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Muitos anos se passaram e a saúde do cão não era mais a mesma – tinha sarna, machucados de brigas, desnutrição e outras doenças. Em 1929, um dos alunos do Professor Eisaburo encontrou Hachiko na estação. Descobriu a sua história por intermédio de seus novos donos, a família do jardineiro dos parentes do professor, que o adotaram após a sua morte. O aluno publicou diversos artigos sobre a história de Hashiko e constatou ainda que ele era um dos 30 akitas puro sangue de todo o Japão.

A história de Hachiko virou um artigo de Asahi Shinbun, publicada em um dos principais jornais do país em setembro de 1932. A história se espalhou por todo o Japão e hoje faz parte do imaginário das crianças e adultos japoneses sobre o amor incondicional.

Em 21 de abril de 1934, foi erguida uma estátua de bronze de Hachiko, esculpida pelo escultor Teru Ando, e atualmente se encontra no portão de bilheteria da estação de Shibuya.




Hachiko morreu em 8 de março de 1935, com idade de 11 anos na estação onde sempre esperou pelo professor e amigo. Ele aguardou o retorno do Dr. Eisaburo por nove anos e dez meses. Os ossos do cão foram enterrados na sepultura do professor Ueno. A sua pele serviu para que fosse empalhado e ficou em exibição no Museu Nacional da Ciência do Japão. Durante a Segunda Guerra, a estátua embalsamada se perdeu. Com o tempo e a popularidade da história de Hachiko, a raça Akita se tornou Patrimônio Nacional no Japão.

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